Diário

Acordo para mais um dia de trabalho. Tento lembrar os meus compromissos, mas, memória não é o meu forte. Levantar da cama também não, e essa tarefa me custa não menos que vinte minutos assistidos pela paciência da minha esposa (ela sabe que dormir não tem sido fácil). Para café da manhã, uma generosa porção de predinisona acompanhada de lozartan, ciprofibrato e o inseparável maxidrim (paracetamol simples já não funciona mais). Vou sem pressa para o trabalho. Fico sentado ouvindo Carlos Niehues e pensando em como será o meu dia. De repente, como num clic, percebo o quão misericordioso é Deus, que me permitiu viver mais um dia e que todos os dias me sustenta. Os problemas não deixam de estarem presentes no meu cotidiano nem abandonam minha consciência, mas, já não apresentam uma ameaça à minha saúde mental. São “leves e momentâneas tribulações” que não vão me fazer esquecer que a minha felicidade não é circunstancial, e sim, ETERNA!